E ai tropa.

Hoje estou eu passando pela frente de uma lojinha de moto aqui em poa, tinha um cara colocando um cartaz "faça o test drive na Kawasaki Ninja 250".

Bah, capaz que eu não ia!

Primeiro não foi só entrar na loja e fazer o test drive... tive que tomar um cafézinho, ouvir milhares de lorotas, ouvir o vendedor que não entende nada de moto falar mau da minha Fazer (eu estava com a moto da empresa), falar mau da Twister, da CB 300, enfim, falar mau de tudo. Pra finalizar o resumo da conversa: "Kawasaki é Kawasaki".

Pois lá fui eu 40 minutos preenchendo formulários de interesse de compra para cima da motinho para um pequeno test drive.

Minha pergunta antes de sair da loja: "Pode esticar"
Resposta obtida: "Vai fundo".

Subi na moto e pra mim que sou um pouco grande, vi que a ninjinha começa a se chamar ninjinha pelo tamanho, a moto é pequena, até mesmo, comparando com uma CB300. Pra falar a verdade ela é mínimamente MENOR que a Fazer.

Na saída um breve toque nos freios e estavam funcionando. Não fiz freiadas bruscas, só estava testando se estava funcionando.

Nas curvas a moto se saiu tranquila, com dirigibilidade tal qual a Fazer. Achei a CB300 um pouco melhor de direção pra esses trechinhos sinuosos da cidade.

Pau no boi. Pois botei a moto numa reta de auto-estrada, aqui conhecida como "free way". Estiquei a bixona e lá no talo da aceleração ela pegou quase 170 por hora, chuto 168. Deitado na moto. Ao término da reta, uma curva bem boa de fazer de joelho colado, e como a papelada lá tava toda assinada, vamo de joelho colado (diga-se joelho colado com a moto inclinada quase raspando o cano, não como uns zé mané fazem - falo aqui do venezuelano - que deixam a moto reta e tiram o corpo da moto pra encostar o joelho no chão) e a motinho se saiu muito mas muito bem, pra quem conhece a estrada, a curva da freeway que desemboca na BR116 sentido Porto Alegre > Canos, eu fiz a 100km/h.

Na volta eu não quis acelerar muito e dei uma testada nos freios, não pude testar uma situação de "batida" mas dentro das situações que usei, o freio funcionou.

Falando da aceleração na reta a motinho dá um banho na Fazer, na CB300. Até nesse ponto eu pensei que essa CB300 iria ficar melhor - velocidade final - e pelo visto, está a mesma coisa, só que com mais torque. Alias é nesse teste que você percebe a diferença dos dois cilindros, o giro sobe e a moto não morre. O conta giros vai até onde marca. Pra mim que testei a CB300, digo que a CB300 vai na frente até os 90, depois a ninjinha diz "adeus um cilindro". A moto só começa a ter uma aceleração "lenta" depois dos 160km/h até chegar no seu limite.

As retomadas em baixa dela são melhores que na Comet, talvez, o pneu mais fino seja mais eficiente para isso, nas retomadas em alta, são tal qual.

Por fim, larguei a moto. Voltei pra Fazer.

O preço salgado de 19.800 coloca a moto num patamar bem acima da CBR que por aqui custa 12.900, e da Fazer que por aqui custa 10.800, e da Comet GT 14.300 e GTR 16.000.


Só vale a pena ter uma para dizer "eu tenho uma kawasaki". A CB300 a meu ver é a melhor opção, para estrada eu ainda ficaria com a Comet por ser uma moto de porte maior e que não fica devendo quase nada pra Ninjinha, alem de ser mais barata. Como 120km/h é uma boa velocidade, CB300.