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Ver Versão Completa : A Honda CB 750F 1972 cai na estrada com suas equivalentes zero-quilômetro



Matheus!
30-09-12, 22:52
LINK: História da Honda CB - Reportagens - QUATRO RODAS Moto (http://quatrorodas.abril.com.br/moto/reportagens/historia-honda-cb-694957.shtml)

http://quatrorodas.abril.com.br/moto/img/fotos/631_lenda_abre.jpg
Foto: Christian Castanho
A edição de QUATRO RODAS MOTO que está em suas mãos é a de número 40. Como números redondos sempre evocam homenagens, nos ocorreu a comparar uma consagrada moto de 40 anos atrás com sua equivalente atual.

Emprestamos a esplendorosa Honda CB 750F 1972 guardada com amor e carinho por Gabriel Marazzi, colega jornalista especializado no setor automotivo, para colocá-la diante de sua sucessora direta (pelo menos no mercado brasileiro), a Honda CB 600F Hornet. Como a Hornet tem 150 cc a menos, convocamos também a Kawasaki Z750 para fazer frente à veterana - afinal, ela é a última das sete-galo (gíria da época, que aludia ao jogo do bicho, no qual o galo representa o número 50) tetracilíndricas sem carenagem à venda no mercado nacional. As outras 750 são a Honda Shadow,V2, e a superesportiva Suzuki GSX-R.

A CB 750 fez uma revolução em seu tempo - e foi um marco de mudança. Seu suave quatro-cilindros transversal (motores quatro-em-linha já haviam sido utilizados antes, mas em posição longitudinal), com quatro escapamentos lindos e cro- mados, aliava-se a câmbio de cinco marchas, disco de freio dianteiro (pela primeira vez na história), partida elétrica e bom preço. Foi a pá de cal para a então dominante indústria inglesa de motos.

Em 1972, a CB 750F, a primeira da série K2, mantinha o comando único de válvulas no cabeçote, SOHC, com que havia sido lançada três anos antes - durou até 1978. De 1979 até 2003, tinha duplo comando, DOHC. A longa série de intervenções, reformulações e face-lifts manteve o modelo em produção até 2003 no exterior (houve uma CB 750 tardia feita em 2007, só no Japão). Em 1986 a Honda lançou, montada em Manaus, uma versão brasileira, que consolidou a fama do modelo e da marca no país. Logo depois, a abertura das importações (proibidas de 1976 até 1990) levou a sete-galo nacional a abandonar seus fãs.

Mas o tempo é implacável. A CB 600F atual, por exemplo, é mais potente, mais leve e muito, muito mais rápida que a CB 750F de 40 anos atrás - e faz curvas com muito mais desenvoltura. A Z750 também, embora sejam ambas consequências diretas daquele lançamento de 1969. Que tal repassar os avanços tecnológicos desses 40 anos através dos principais sistemas das motos?

Chassi

Essa é uma mudança impressionante. A Hornet é montada sobre um quadro de liga de alumínio forjado, com desenho de viga superior e braços que integram o motor à estrutura torcional. A ideia é mais ou menos a mesma na Z750, que se vale, entretanto, de tubos de aço no lugar de metais leves. A CB 750 tem um berço duplo tubular de aço sobre o qual repousa o motor.

Esse chassi e mais um montão de peças de metal, atualmente substituídas por plástico, justificam em parte a diferença de peso: a Hornet pesa 173 kg e a CB 750, 218 kg - 45 kg a mais. O chassi da Kawasaki é mais pesado, previsivelmente: ela chega a 203 kg, sempre a seco.

É claro que as suspensões também são definitivas nesse comportamento dinâmico. As sanfonas de borracha do garfo da CB 750 escondem bengalas convencionais, sem regulagem. As da Hornet também não são reguláveis no modelo à venda no Brasil, embora o sejam na Europa, mas são invertidas. Na Z750, são invertidas e reguláveis em retorno e pré-carga da mola.

A inversão das bengalas é extremamente benéfica para uso severo, pois a parte mais pesada fica fixa no canote do quadro, enquanto a parte mais leve, o êmbolo interno, é que se movimenta com a roda. De qualquer modo, em termos de projeto, o garfo de 40 anos atrás ainda é o padrão encontrado na imensa maioria das motos do mercado.

Já a suspensão traseira... Quanta diferença. Tanto a CB 600 quanto a Z750 usam monoamortecedores com ajustes diversos, acoplados a balanças (a da Hornet, uma peça de alumínio injetado, é de longe a mais bacana) oscilantes por meio de diversos links que permitem trabalhar o curso, amenizando os impactos e desmultiplicando as forças, com um sistema de alavancas.

Nada disso havia em 1972: a balança traseira tubular da CB comunicava o movimento de tesoura a dois amortecedores laterais com molas externas e regulagem somente de pré-carga. Quer saber? A maioria das motos mais populares ainda adota exatamente o mesmo ancestral sistema.

Motor

Os motores a explosão são um projeto secular e o SOHC da CB 750 até poderia estar equipando uma moto atual. Isso em termos de arquitetura, pois a eletrônica muda tudo. Além de acabar com o inferno que era a equalização dos quatro carburadores de 28 mm de venturi com fluxo horizontal que equipavam a sete-galo. Era tarefa para poucos e requisitados especialistas.

Outra evolução fantástica foi o fim dos platinados e bobinas, um calvário de manutenção e fonte de problemas. Três hurras para o sistema de ignição mapeada que se adapta a quase tudo: temperatura, altitude, qualidade do combustível...

A potência do SOHC da CB, refrigerado a ar, é de 67 cv a 8000 rpm. Os DOHC a água das rivais modernas têm 102 cv a 12000 rpm e 106 cv a 10 500 rpm, para Honda e Kawasaki, respectivamente. A diferença do torque já não é tão impressionante: de 6,1 mkgf a 7000 rpm na CB 750F 1972, passa para apenas 6,53 mkgf a 10 500 rpm na CB 600F 2012 e para os algo mais robustos 8 "quilos" a 8300 rpm na Kawasaki. Não é nada desagradável tocar a CB 750 a passeio...

Transmissão e freios

Aqui a ideia mudou muito pouco, é preciso dizer. Tirando o fato de a corrente de transmissão final das motos modernas ser selada por anéis de borracha especial, requerendo menos manutenção, e de haver em ambas uma sexta marcha - cinco na CB 750 -, as mudanças não são profundas.

A CB 750 foi a primeira moto de produção a montar freios a disco de série. Hoje, as street aqui presentes têm disco atrás e tecnologia atual para construção de discos e pinças. As diferenças não são tão impressionantes (o tambor atrás ainda é adotado até em motos de grande porte, como a Honda Shadow 750). A coisa muda é quando o ABS entra em campo. Aí, não tem comparação.
Os pneus da CB 750 são diagonais e com câmara. Os das street quatro-em-linha modernas são radiais e sem câmara. Há vantagens em todos os campos: da segurança à durabilidade, da estabilidade em curvas às frenagens.
A simpática senhora japonesa ainda é atraente. E se move muito bem. Orgulha-se do passado de estrela revolucionária, sem perder o brilho.

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Ficha Técnica:Honda CB 750F 1972

Motor

inline 4 / SOHC 8V / 736 cc / refrigeração a ar

Alimentação: 4 carburadores de 28 mm lado
a lado


Ignição: eletromecânica, por 2 pares de platinados e 2 bobinas, sem distribuidor

Partida: elétrica e a pedal


Diâmetro x curso (mm): 61 x 63


Taxa de compressão: 9:1


Potência (cv a rpm): 67 a 8 000


Torque (mkgf a rpm): 6,1 a 7 000


Câmbio


5 marchas, transmissão final por corrente


Chassi


Quadro: berço duplo de tubos de aço de seção cilíndrica


Suspensão


Dianteira: garfo telescópico hidráulico, com 14,3 cm de curso


Traseira: balança oscilante tubular de aço,
com dois amortecedores laterais reguláveis de pré-carga da mola, 8,5 cm de curso


Freios


Dianteiro: 1 disco com pinça deslizante de acionamento hidráulico de 1 pistão


Traseiro: a tambor, com sapatas de expansão interna, acionamento mecânico por varão através de um só eixo excêntrico (came)


Pneus


Dianteiro: 3,25-19, diagonal


Traseiro: 4,00-18, diagonal

Dimensões

Comprimento (cm) 216

Altura/largura (cm) 115,5 / 88,5

Entre-eixos (cm)
145,5

Peso a seco
218

Vão-livre (cm)
14

Altura do assento (cm) 80

Tanque (l) 17 (5 na reserva)

DOUGLAS 00
30-09-12, 23:02
O tempo não para. E o mundo mudou demais nesses últimos 40 anos.

Mas entre todas essas, a que mais me atrai, é sem dúvida, a velha 7 galo.

Se existisse com algumas pequenas atualizações, atenderia a muito, e muito bem.

halvaro
01-10-12, 08:49
O tempo não para. E o mundo mudou demais nesses últimos 40 anos.

Mas entre todas essas, a que mais me atrai, é sem dúvida, a velha 7 galo.

Se existisse com algumas pequenas atualizações, atenderia a muito, e muito bem.

Sem duvida, a tecnologia sempre avança, agora tem gente que não anda pra frente, as vezes vejo nego insistindo que aquelas motos antigas, como CB750, RD350 e outras é que são muito melhores que as atuais, com carro é a mesma coisa

Matheus!
01-10-12, 10:01
Kawasaki W800 modelo 2012 (!)
http://blog-imgs-45.fc2.com/d/i/a/diablo125/RS125_aprilia_blog__osaka_W800.jpg
http://motordream.uol.com.br/upload/noticia/13016013181839.jpg
http://motordream.uol.com.br/upload/Immagine2_big(2).jpghttp://25.media.tumblr.com/tumblr_m8efg4FD4Q1r4xy2ro1_500.jpghttp://www.pipeburn.com/storage/20_05_2011_Kawasaki_W800_13.jpg?__SQUARESPACE_CACH EVERSION=1305988294334

Linda demais.

DOUGLAS 00
01-10-12, 10:16
Tanto a W800, como qualquer uma dessas me servia...

Bonnieville

http://www.triumph.co.uk/images/t100_overview_main_2008.jpg

V 7 Racer

http://i.telegraph.co.uk/multimedia/archive/00841/motoring-graphics-2_841260a.jpg

http://0.tqn.com/d/motorcycles/1/0/I/2/0/-/moto_guzzi_v7_cafe_action_right.jpg

halvaro
01-10-12, 10:26
Visual retrô com tecnologia atual, o melhor de 2 mundos

chiccoli
01-10-12, 11:09
tbm curto mais a 750, só que mais pro estilo racer café, se não é a nova quadradona sem carenagem msm ^^

hccelo
01-10-12, 11:33
Só quero ver o estado dessas atuais ai daqui 30, 40 anos... Obsolescência programada...

halvaro
01-10-12, 13:27
Só quero ver o estado dessas atuais ai daqui 30, 40 anos... Obsolescência programada...

Tem bastante dessas de 40 anos atrás em ótimo estado hoje né ? Raríssimas, normalmente fruto de meticulosa e caríssima restauração, 99,9% delas é tudo sucata ou cheias de adaptações porcas pra continuar rodando

hccelo
01-10-12, 14:16
Tem bastante dessas de 40 anos atrás em ótimo estado hoje né ? Raríssimas, normalmente fruto de meticulosa e caríssima restauração, 99,9% delas é tudo sucata ou cheias de adaptações porcas pra continuar rodando

Restaurar é sinônimo de consertar, não reconstruir. Outros fatores levaram essas motos a terem que ser restauradas e poucos utilizadas hoje em dia. Preço da gasolina, mão de obra, disponibilidade de peças, desempenho fizeram com que essas motos fossem largadas no tempo em garagens e galpões e se o uso delas fosse mantido, com certeza não necessitaria de uma restauração tão intrusiva. Tem muito carro da década de 70, 80 rodando por ai.

speedFan
01-10-12, 14:31
Meu sonho é ter uma 7 galo para restaurar completamente do zero... e deixar como era em seu lançamento. ;)

DOUGLAS 00
01-10-12, 14:47
Restaurar é sinônimo de consertar, não reconstruir. Outros fatores levaram essas motos a terem que ser restauradas e poucos utilizadas hoje em dia. Preço da gasolina, mão de obra, disponibilidade de peças, desempenho fizeram com que essas motos fossem largadas no tempo em garagens e galpões e se o uso delas fosse mantido, com certeza não necessitaria de uma restauração tão intrusiva. Tem muito carro da década de 70, 80 rodando por ai.

Permito-me discordar: Restaurar é um coisa, reformar é outra.

A reforminha que a maioria faz, tanto em carro como moto, é mais ou menos como nas originais, mas muitas vezes os detalhes são deixados de lado, simplesmente por falta de peças, preço, etc. O foco é deixar o veículo bonito, para utilizar.

Tenho amigos que tem carros antigos, que estão lindos, mas não podem ser chamado de originais.

Restauração criteriosa é coisa grande, cara e complexa na maioria dos casos. Pois sempre falta aquele detalhezinho, mas o pessoal não se importa em pagar caro em uma peça de acabamento, por exemplo.


Eu tb sonho com uma moto dessas, mas no meu caso, não me importo muito se estiver 100% original. Minha pilha é personalização...

halvaro
01-10-12, 16:14
Permito-me discordar: Restaurar é um coisa, reformar é outra.

A reforminha que a maioria faz, tanto em carro como moto, é mais ou menos como nas originais, mas muitas vezes os detalhes são deixados de lado, simplesmente por falta de peças, preço, etc. O foco é deixar o veículo bonito, para utilizar.

Tenho amigos que tem carros antigos, que estão lindos, mas não podem ser chamado de originais.

Restauração criteriosa é coisa grande, cara e complexa na maioria dos casos. Pois sempre falta aquele detalhezinho, mas o pessoal não se importa em pagar caro em uma peça de acabamento, por exemplo.


Eu tb sonho com uma moto dessas, mas no meu caso, não me importo muito se estiver 100% original. Minha pilha é personalização...

Também concordo com vc, não entendi nada do conceito do amigo acima, acho que ele tentou dizer que as motos antigas duravam mais, eu discordo, assim como discordo que os carros da da década de 70 e 80 duravam mais, bem pelo contrário, principalmente a parte de carroceria, lataria como chamamos aqui era péssima, tratamento de superfície inexistente, ao contrário dos carros atuais onde quase não se ve mais ferrugem

sandro lara
03-10-12, 11:54
A onde que carro antigo enferruja mais ? rsrsrs.

http://i1081.photobucket.com/albums/j350/sandro_lara/images-2.jpg

halvaro
03-10-12, 13:15
A onde que carro antigo enferruja mais ? rsrsrs.

http://i1081.photobucket.com/albums/j350/sandro_lara/images-2.jpg

Vou fingir que não li isso, kkkkk

Ivan RJ
03-10-12, 18:23
Tópco trancado.
É TERMINANTEMENTE PROIBIDA A REPRODUÇÃO DE QUALQUER ARTIGO QUE NÃO SEJA DE PROPRIEDADE DO AUTOR DO TÓPICO OU QUE NÃO TENHA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR PARA A REPRODUÇÃO.
Não queremos ter novos problemas por causa deste tipo de não observância das regras.