Ontem, no jornal do SBT, noticiaram uma fraude no exame de motos, onde os instrutores deixavam as motos aceleradas para seus alunos fazerem o percurso sem precisas acelerar, usando apenas a embreagem para controlar a velocidade a moto.
O detran de SP disse que isso é difícil de ocorrer por lá, mas que, de qualquer forma, é proíbido alterar o funcionamento das motos para as provas práticas.
O que eu sei é que, aqui, no DF, quando o cara que vai fazer a prova tem alguma dificuldade, o instrutor deixa a moto mais acelerada pra facilitar e os fiscais só verificam se a viseira tá fechada e o farol aceso.
O problema, que faltou uma colocação melhor na reportagem, é que os exames práticos são piadas. Só ensina a pilotar em primeira marcha num espaço de corredor de automóveis com alguns obstáculos.
Não ensinam a freiar, pelo contrário. Para eu, por exemplo, disseram pra usar apenas o freio traseiro. Não dão noção de posicionamento no trânsito, não ensinam a regular os retrovisores e nem passar as marchas corretamente. O único equipamento de segurança que apresentam é um capacete sujo e ruim.
E olha que depois de passar numa prova dessas, mesmo sem nunca ter dirigido nada no trânsito, tem a plena liberdade de pilotar uma Srad ou uma R1.
O Governo, que lança a lei do selinho e do adesivo, devia é enfrentar o lobby das auto-escolas e fazer as aulas e os testes mais sérios. A moto pode até precisar que o aluno a acelere para ela andar, mas o que faz falta mesmo é ensinar que precisa mais que equilíbrio para poder pilotar nas ruas.