[size=14pt]Acidentes com motos aumentam mais de 2000% em 16 anos[/size]
Esses são números dramáticos de uma rotina que só cresce nas grandes cidades: a de acidentes com motoqueiros.
A batalha no trânsito, que acontece diariamente nas cidades de todo o Brasil, ganhou um novo protagonista: o motoqueiro. Com ele, uma estatística dramática: só este ano, mais de 6,7 mil morreram no asfalto.
De um lado, do outro, em fila: um mar de motocicletas. O dono de uma agência de motoboys, Bruno Carneiro, diz que ainda é pouco. “Se eu abrir uma vaga no jornal para motoboy, vão chegar milhares de motoboys aqui, querendo emprego”, afirma.
Mais carros nas ruas, mais engarrafamentos, mais pressa. Assim, cresceu, também, a procura por motocicletas. Em 1994, quando o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) fez o primeiro levantamento sobre o assunto, havia cerca de 2 milhões de motos no país. Agora, são quase 13 milhões.
O aumento da frota trouxe uma estatística assustadora. Em 1990, 299 motociclistas morreram em acidentes. Em 2006, foram 6.734 vítimas - um aumento de mais de 2000%.
Os motociclistas trazem no corpo marcas da violência. “Todos que eu conheço já sofreram acidente. É muita imprudência no trânsito contra a gente”, diz um motoqueiro.
“Eu estava andando pela rua, e o táxi não ligou a seta. Eu fui obrigado a jogar para a direita às pressas, mas ele me fechou. Não deu tempo, e eu tive que frear bruscamente e cai”, conta um motoboy. “Estava vindo uma curva, e eu não prestei atenção. Ela estava com um pouquinho de areia, e deslizei e cai”, comenta.
“O grande problema da motocicleta hoje é o estado da pista: buracos, calçamentos, rachões e essas pistas altamente derrapantes”, diz Vladimir do Carmo, presidente da Associação de Motoboys (RJ).
Mas para o Detran do Rio de Janeiro, a explicação é outra. “Forçar passagem entre os veículos, conduzir motocicleta sobre as calçadas e sobre passarelas, avançar o sinal vermelho do semáforo, andar colado na traseira, sem guardar distância de segurança do veículo. Então, a maior parte das infrações que a gente tem constado é causada pelo próprio condutor”, afirma Sergio Damasceno, do Detran-RJ.
fonte: http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,...E+EM+ANOS.html