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Visão do Encadeamento

  1. #1
    Motociclista Avatar de FelipeLiposo
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    Exclamation O porque da Fan não ter um mísero marcador de combustível..... (agora com o texto)

    Esse foi um dos textos mais interessantes que lí sobre automóveis nos últimos tempos, mas ele pode ser transferido facilmente para o mundo das duas rodas! Sei que o texto é grande, mas vale a pena ler, refletir e discutir os porques dessa "economia" para manter valores baixos......
    OBS: Não estou criticando a Honda em específico, pois a minha Factor não tem um mísero conta-giros....

    Fonte: http://bestcars.uol.com.br/colunas3/...iura-vale.html

    Quando a Feiura Vale.

    Carros despojados não são uma invenção brasileira, mas não seria errado dizer que somos especialistas nisso — e pelo lado mais. Negativo da coisa. E 2011 foi um ano em que se discutiu, mais que. nunca, a qualidade do que foi oferecido ao consumidor daqui, comparando o tipo de produto que se vende no Brasil a quanto a indústria cobra por ele. A rigor, a percepção de valor é obtida dividindo-se os benefícios que o produto entrega (aqueles tangíveis e os intangíveis também) pelo que é cobrado por ele. Ou seja: um produto entrega mais valor quando é capaz de trazer mais benefícios pelo mínimo custo possível.

    E parece que no Brasil isso é uma exceção à regra. Os carros aqui custam o dobro que em alguns mercados — às vezes bem mais que isso — e entregam muito menos em itens essenciais, como segurança, apenas para citar um E na onda desse papo surgem discussões interessantes, como os carros ditos desenvolvidos para países emergentes. Moda que não é nova, mas que ganhou notoriedade com o sucesso de projetos específicos como a plataforma de baixo custo da Renault, que gerou Logan, Sandero e Duster — sucessos indiscutíveis —, e mais recentemente foi agregada às práticas orientais, com o Honda Brio e o Toyota Etios, ambos postulantes a uma vaga na garagem dos brasileiros. Até aí, temos apenas motivos de satisfação: afinal, estão desenvolvendo projetos pensando em nossas necessidades. Tentamos nos livrar daquela baixa autoestima, mas fica difícil... O que sobra para cá (inclua-se Índia, Leste Europeu, África e Oriente Médio) são duas opções: projetos que foram bons e modernos no passado e que hoje custam menos porque ficaram defasados, pelados e amortizados (veja os casos brasileiros de Astra, Clio, Fiesta) ou projetos até relativamente modernos, mas chocados na alcunha do baixo custo. Ei, você, emergente! Quer carro moderno e bonitão? Então pague por um Fiesta mexicano quase o preço de um Focus

    O consumidor questiona: até ter baixo custo e suas implicações, como o acabamento espartano, vá lá, mas será que encareceria tanto assim fazer um carro que ao menos fosse bonitinho? Parece que gente de baixo poder aquisitivo não merece ter orgulho do carro novo que adquiriu a duras penas A turma do Logan é pródiga em qualidades, mas não gosta muito do espelho. A General Motors e a Nissan lançaram quase juntas dois sedãs compactos que têm em comum, além do espaço interno acima da média da classe, estilos que ficam longe de ganhar concursos de beleza — o Cobalt e o Versa. E as fotos do Toyota Etios em testes no Brasil dão vontade de chorar: o carro é uma verdadeira viagem no tempo. Seu sonho de, finalmente, ter um Toyota pode ser adiado quando você vir a cara do candidato. É a mesma pergunta que fazemos quando, indignados, constatamos que temos de ajustar o retrovisor com o dedão, vemos o encosto de cabeça sem regulagem de altura, a ausência de espelho no para-sol e o painel sem conta-giros: Caramba, mas custa colocar esses mimos A resposta para esse dilema é simples: custar, não custa, mas vale. O fato de um modelo mais acessível não ter conta-giros não faz a fábrica enriquecer com a economia, mas resulta em uma mágica do marketing: o carro imediatamente acima ganha valor.

    Isso não é bobagem: um automóvel barato — com perdão pelo termo inadequado não pode ser bonito nem ter mimos em demasia. Ou você acha que a Fiat, quando estragou irremediavelmente a frente do Mille, em 2004, o fez sem querer? Se quisesse, poderia ter obtido um resultado tão agradável quanto havia feito pouco antes com a linha Palio. Mas aquela frente feia, com jeito de carro soviético de outros tempos, fez bem à fábrica ao agregar valor ao produto superior, o Palio. Este passou a ter mais valor logo, pôde ser cobrado mais por ele. O mesmo raciocínio vale para a permanência em linha do Classic — aquele que um dia foi Corsa — ao lado do Prisma. São basicamente o mesmo projeto dos anos 90 e um é tão simples por dentro quanto o outro. No entanto, a GM caprichou mais no desenho do Celta sedã, dando-lhe uma traseira inspirada na do Vectra da época. Enquanto isso, o Corsa original foi mantido por quase 15 anos com o mesmo estilo e, quando enfim ganhou uma remodelação, ela veio do refugo do mercado chinês, onde o carro deixava de ser vendido.

    Com isso, modelos com custos de produção muito parecidos podem ser vendidos a preços diferentes: um deles ganha valor. Carros baratos têm baixa margem de lucro. Se venderem demais, causam mais problemas que vantagens. O que é mais inteligente? Trabalhar muito e ganhar pouco, ou trabalhar pouco e ganhar muito? É mais inteligente fabricar poucos Porsches, mas lucrando muito por unidade, ou ter uma fábrica imensa, cheia de funcionários, produzindo sem parar e ganhando a mesma coisa? Não precisa ser muito esperto para saber.A Toyota não quer que você compre um Etios: ela quer que você compre um Corolla, um Camry, um RAV4. Os carros, em si, não têm uma diferença de custo tão gritante quanto a de valor. Se o Etios fosse,além de barato, bonito também, muitos achariam que é rasgar dinheiro comprar um Corolla, o que seria um tiro no pé para a empresa. Se Cobalt e Versa tivessem o equilíbrio de linhas de um Cruze ou Sentra, por que se gastaria bem mais para obter espaço interno semelhante nesses últimos?

    Nesses casos, dá para dizer que a feiura agrega valor.
    Para o carro imediatamente acima ganhar valor, o mais barato não pode ser bonito nem ter mimos em demasia.
    Última edição por FelipeLiposo; 04-01-12 às 12:04.
    Existem três jeitos de fazer as coisas: o jeito certo, o jeito errado, e o meu jeito, que é igual ao jeito errado, só que mais rápido."
    Homer Simpson

 

 

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