Bom amigos do PN,observei que não só aqui, mas os motociclistas no geral tem um grande tabu em relação aos lubrificantes,e isso se deve á falta de conhecimento no assunto ou até mesmo por falta de imformações mais esclarecedoras.Pois bem,hoje isso pode acabar, este artigo que vou postas pode tirar suas duvidas de uma vez por todas.
Espero que seja util para o forum,parte desse texto foi retirado do documentário do Duke Williams engenheiro automotivo e aeroespacial....
http://www.cvmarj.info/uploads/Engin...-_Tradu__o.pdf
Abs a todos do PN .....
Óleo Lubrificante
Existe provavelmente mais discussão sobre óleo lubrificante para motor do que
sobre qualquer outro assunto automotivo. Existem até sites inteiros na Internet
dedicados a esse assunto. Infelizmente mais de 90% do que se lê e se ouve é
baseado em mito, desinformação ou jogada de marketing.
Há mais de 50 anos as indústrias automobilística e de petróleo, através do
American Petroleum Institute (API), estabeleceram padrões de óleo lubrificante.
Como resultado disso o óleo lubrificante se tornou um produto genérico. No
entanto é sempre necessário avaliar os diversos óleos disponíveis antes de
usá-los, para se assegurar que eles são apropriados para a utilização em vista.
O API emprega um sistema que remonta a 1969 para identificar as
características de serviço. Há duas categorias básicas:
- Categorias que começam com "S" - atuais, antigas ou obsoletas - que são
destinadas a motores com ignição por centelha (nota do tradutor: Spark - daí o
S), os motores a gasolina; e
- Categorias que começam com "C", que são destinadas a motores com
ignição por compressão (nota do tradutor: Compression, daí o C), os motores
diesel.
As categorias de serviço evoluiram até as atuais SM, com base nos requisitos dos motores produzidos
em cada época. Eu enfatizo os motores produzidos em cada época pois a atual
categoria SM não é o melhor óleo lubrificante para motores antigos, por razões
que vou explicar.
Como regra geral os requisitos de desempenho tanto das categorias S como
das C aumentaram significativamente ao longo dos anos. No entanto,
mudanças recentes reduziram a concentração de aditivos anti-desgaste em
razão dos sub-produtos de sua queima reduzirem a vida dos catalisadores.
Essa redução se deve aos padrões mais apertados impostos pela EPA
(Environment Protection Agency) para emissão de poluentes e para garantia
dos sistemas de controle de emissão. Ao mesmo tempo os projetos modernos
de motores também reduziram a necessidade de aditivos anti-desgaste.
Aditivos, que são críticos para o desempenho e durabilidade dos motores,
incluem detergentes, dispersantes, inibidores de corrosão, inibidores de
formação de espuma e inibidores de desgaste. O aditivo anti-desgaste mais
efetivo, que data de mais de 50 anos atrás, é o DialquilDitioFosfato de Zinco,
conhecido como ZDDP (de Zinc DialkylDithioPhosphate). Esse aditivo é crítico
para prevenir desgaste de superfícies deslizantes sujeitas a atrito, e os motores
antigos em particular tem muitas superfícies deslizantes no mecanismo de
válvulas. A maioria dos motores modernos tem tuchos e comandos roletados,
daí não necessitarem tanto de ZDDP como os motores antigos.
Dos anos 50 até 2004, quando a especificação SL foi adotada, muitas
categorias de óleos tinham dupla qualificação, atendento tanto os tipos S
(centelha/gasolina) como os tipos C (compressão/diesel). (Nota: A categoria
principal era a primeira letra mas isso frequentemente era apenas uma decisão
comercial)
O nível típico de concentração de ZDDP nesses óleos, baseado na fração da
massa de Fósforo (símbolo "P" na Tabela Periódica), evolui até
aproximadamente 0.12%, que também pode ser expresso como 1.200 ppm
(ppm = partes por mihão - 0.10% são 1.000 ppm). Ao longo dos anos esse
nível se mostrou ideal para a proteção de superfícies deslizantes. Redução
significativa de ZDDP pode permitir desgaste mais rápido das superfícies
deslizantes, porém mais do que 0.14% a longo prazo pode ter efeitos negativos
como a corrosão de alguns mecanismos.
A próxima pergunta invariavelmente é: Que marca de óleo devo usar? Ocorre
que a marca não faz qualquer diferença. Não existe marca "melhor". Se o
rótulo tem o símbolo do API (a "rosca")o produto, com razoável tolerância, é essencialmente o
mesmo que qualquer outro API SM
Existe uma infinidade de óleos categoria C no mercado mas tipicamente serão
encontradas (nota do tradutor: o artigo é americano) marcas comercializadas
por companhias grandes como Chevron, Texaco, Exxon-Mobil e Shell, bem
como marcas de fábricas de automóveis ou de cadeias de lojas ("house"
brands).
O público em geral costuma ignorar completamente o sistema de categorias do
API e mesmo muitos entusiastas de automobilismo parecem conhecer pouco
ou nada do assunto, de modo que comece sua educação lendo os rótulos. A
primeira guia no rótulo frontal pode ser uma palavra como diesel, Delo, Delvac,
Rotella, universal e 15W-40. Não se deve ter medo de comprar óleo com a
marca de um varejista de boa reputação como o WalMart; o conteúdo é óleo
certificado de categoria C, embalado por uma empresa licenciada pelo API sob
contrato com o titular da marca.
A faixa de viscosidade 15W-40 usualmente encontrada é adequada para
partidas a frio em temperaturas de até -10°C e deve atender as necessidades
de mais de 99% dos proprietários de carros antigos.
Se partidas a frio abaixo de -10°C forem costumeiras, deve ser usado o SW-40
em versão sintética, que é mais misturado com bases hidro processadas de
índice de viscosidade dos Grupos II e III. A viscosidade 10W-30 também é
produzida em algumas marcas, mas pode não estar disponível nos
revendedores, principalmente em climas mais quentes.
.......................