Salvo raríssimas excessões, os motores explodem 1 cilindro por vez. Os da CB450 sobem e descem juntos, porém explodem alternadamente a cada volta, o que exige um grande eixo de contrapeso no virabrequim, porém o funcionamento é mais uniforme. Já os da CB500 sobem e descem alternadamente e explodem a cada 1 e 3 ciclos, daí aquele ronco disforme maravilhoso. Motores 4 em linha geralmente os cilindros de fora sobem juntos enquanto os de dentro descem e explodem alternadamente. Se congelarmos um momento o cil 1 (de fora) explode e desce, sobe o 3 (de dentro) comprimindo para explodir, o 4 (de fora) desce o admitindo, enquanto o 2 (de dentro) sobe exaurindo os gases. 1-3-4-2
Motores com mais cilindros vibram menos e tem alimentação muito mais eficiente (mais válvulas dando vazão), além de sempre haver um cilindro "empurrando" o virabrequim, enquanto motores 4T de 1 cilindro "empurram" a cada duas voltas, ou 4 ciclos, o que exige uma maior massa de inercia (volante ou magneto) e lhe confere maior torque. Os ciclos 4T são: admissão= (desce); compressão= (sobe); explosão= (desce); exaustão= (sobe).
O mesmo se aplica aos V2, em geral os pistões sobem e descem quase juntos, compartilhando o pino do virabrequim e dando leveza ao virabrequim e ao motor mas exige massa de inércia que lhe confere torque, com as vantagens de torque de um mono e alimentação de um bícilindro. Pela assimetria possuem um ronco inigualável.
Mas lindo mesmo é o funcionamento de um motor radial, onde os cilicndros formam uma "estrela" e todos compartilham o mesmo pino, tornado o virabrequim muito curto. Os cilindros sobem em sequência completando os ciclos.
Sempre raciocinando 4T. 2T é outra história (A RD350 por exemplo os pistões sobem alternadamente e explodem toda vez que sobem).
Motor radial: