Postado originalmente por
Saurus
Nos tempos de carburadores, pode ser verdade. Mas em tempos de IEC não necessariamente.
A IEC recebe uma informação de um sensor instalado na saída da janela de escapamento (famosa sonda-lambda). Se nos gases que escapam estiver com muito oxigênio, a sonda manda essa informação para a ECU que aumenta o tempo de injeção até que a informação da sonda seja de pouco ou nenhum oxigênio nos gases. Se a sonda captar alto teor de radicais hidrocarbonetos, a ECU recebe essa informação e reduz o tempo de injeção para reduzir a quantidade de combustível até que a sonda detecte poucos ou nenhum traço de hidrocarbonetos, ou seja, praticamente todo o gás que escapa é composto de material resultante da queima (CO2 e CO, especialmente).
Então isso significa que a ECU ajusta a estequiometria da mistura constantemente para que o motor não receba combustível demais, nem de menos para o volume de ar aspirado.
Ademais, o consumo vai depender do poder calorífico de cada combustível. Se você misturar 2, 3, 4 ou mais combustíveis, o PCI, PCS, Índice de Whobe vão ser resultantes das médias ponderadas do PCI, PCS, Índice de Whobe desses combustíveis, cada um contribuindo com sua molécula para esse poder calorífico.
Também há trocentos outros fatores que vão influenciar no consumo, tais como tipo, estado, calibragem e demais atributos dos pneus, coeficiente de atrito da via de tráfego, geografia/topografia dos trajetos, carga, condições gerais das peças mecânicas e elétricas do veículo, condições climáticas como temperatura, umidade, etc....
Em fim, o consumo será a variável dependente de uma função com centenas, milhares ou até mesmo milhões de variáveis independentes, cada qual com seus respectivos coeficientes.