Saudações.

Fazia tempo que não postava aqui no forum e recentemente troquei ideia com o pessoal a respeito da Royal Enfield Classic 500 ABS.

Adquiri a moto em abril, já estava de olho nela, e no final do ano tive a oportunidade de fazer um test ride nela, e gostei muito.

A moto tem 190kg, isso não atrapalha no transito, por ser monocilíndrica ela é fácil de manobrar e usar no trânsito urbano.

Não é muito potente, tem 20 e poucos cv e 4,5kg de torque aproximadamente, mesmo torque de uma CB500 bicilíndrica, mas é um motor que tem comportamento diferente, normalmente anda-se em giro baixo, aproveitando o torque do motor, o motor dificilmente pede marcha, basta acelerar que a velocidade aumenta.

No meu caso fui buscar a moto na concessionária em São Paulo e voltei rodando, com garupa. A moto demonstrou ser muito prática, mesmo para mim que não tenho experiência em andar em São Paulo, com uma moto desse porte, com garupa e ainda fazer uma viagem, tudo novo para mim, mas sem problemas, inclusive foi muito prazeroso.

Optei pela Classic 500 ABS na cor Battle Green (R$22.000,00), tem as Bullet (R$18.000,00) também, mas essas não possuem freios ABS, o traseiro é a tambor. As Continental GT também são bem legais.

De início não ultrapassei 80km/h, e no primeiro abastecimento, aos 150km rodados, a média foi de 37km/L, achei uma média mais que excelente, lembrando que boa parte desse trecho foi para sair de São Paulo onde o limite de velocidade das avenidas eram de 50~60km/h e não ultrapassei os 80km/h no começo. No final da viagem a média geral foi de 31km/L, alguns trechos andei a 120km/h, sempre com garupa. A moto demonstrou ter bastante fôlego, e o motor pouco a pouco foi ficando mais "liso" e menos "áspero". A viagem foi de 600km até aqui.

A primeira revisão foi feita quando cheguei aqui, no total ficou em R$200,00 com mão de obra e peças, e esse é o valor das 3 primeiras revisões até 6000km. Você não perde a garantia fazendo as revisões periódicas fora da concessionária.

A moto é robusta, é um jeep, de plástico somente retrovisores, piscas e chaves de luz/seta, o resto tudo é de metal, com parafusos, do jeito antigo. os amortecedores são a gás, com regulagem, e com banco de mola, tornando a moto bem confortável, inclusive em estradas ruins. Os freios são a disco (dianteiro e traseiro) e são bons, dão conta do recado. Possui partida elétrica e a pedal. Também tem injeção eletrônica, e possui uma espécie de afogador para ajudar em partidas a frio (nunca precisei usar).

O painel é simples, com velocímetro a lâmpadas espias, não possui odômetro parcial (deveria ter), também não tem marcador de combustível, possui somente uma lâmpada indicadora de reversa, que começa a piscar quando o tanque está com 5 litros aproximadamente (Total de 13,5L) e fica acesa direta quando baixa mais um pouco, para mim isso é mais do que o suficiente.

Estou usando ela no dia-a-dia, tanto pela economia como pelo prazer, a média tem ficado em 25km/L. É uma moto bem prática e prazerosa de dirigir no trânsito urbano, por onde passa chama muito a atenção, ninguém acredita ser uma moto nova.

Nota-se que a proposta dela é ser simples, robusta e confiável, não tem frescura, nem firulas, é o que tem que ser e ponto. É um projeto antigo (a mais antiga ainda em produção), e tem algumas limitações por conta disso.

No mais é uma marca que parece que vai se consolidar, pois em 1 ano a única concessionária vendeu pouco mais de 600 motos para todo o Brasil.

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https://royalenfield.com/br/